Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são doenças causadas por vírus ou bactérias transmitidos pelo contato sexual. Embora muitas vezes sejam assintomáticas, podem levar a complicações graves quando não tratadas.
Atualmente não podemos falar de prevenção de ISTs sem falar da estratégia de prevenção combinada.

A estratégia de prevenção combinada de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) envolve a integração de múltiplas abordagens biomédicas, comportamentais e estruturais para reduzir a transmissão e o impacto das ISTs em populações diversas. Os principais componentes incluem:
- Educação em saúde sexual e aconselhamento comportamental: Intervenções de aconselhamento intensivo, especialmente para adolescentes e adultos em risco aumentado, para promover mudanças comportamentais, como redução do número de parceiros e uso consistente de preservativos.
- Uso consistente e correto de preservativos: O uso de preservativos masculinos e femininos permanece como método central, oferecendo proteção contra múltiplas ISTs, HIV e gravidez. Barreiras à adoção incluem estigma, normas culturais e acesso limitado, sendo que a adição de lubrificantes pode reduzir falhas do preservativo.
- Profilaxia pós-exposição com antibióticos: O uso de doxiciclina pós-exposição (doxyPEP) mostrou eficácia na redução de sífilis e clamídia em populações-chave, como homens que fazem sexo com homens e mulheres trans, embora preocupações com resistência antimicrobiana persistam.
- Vacinação: Vacinas contra HPV e hepatite B são recomendadas como parte da prevenção combinada, especialmente em adolescentes e jovens adultos.
- Triagem regular e tratamento precoce: A triagem ativa e o tratamento oportuno de ISTs, incluindo notificação e tratamento de parceiros, são fundamentais para interromper cadeias de transmissão.
- Tecnologias multipropósito: Produtos em desenvolvimento, como pílulas combinadas de PrEP para HIV e contracepção, anéis vaginais e dispositivos intrauterinos, visam ampliar a proteção simultânea contra ISTs, HIV e gravidez.
A integração dessas estratégias é essencial para maximizar o impacto populacional e individual, especialmente em populações vulneráveis e de difícil acesso.
Principais ISTs
- Clamídia
- Sintomas podem ser leves ou inexistentes, mas geralmente associada a corrimento uretral.
- Pode causar infertilidade se não tratada.
- Sintomas podem ser leves ou inexistentes, mas geralmente associada a corrimento uretral.
- Gonorreia
- Afeta uretra, garganta e reto;
- Pode causar dor ao urinar e secreção.
- Afeta uretra, garganta e reto;
- Sífilis
- Pode apresentar ferida inicial discreta;
- Pode evoluir para formas graves se não tratada.
- Pode apresentar ferida inicial discreta;
- HPV
- Pode causar verrugas genitais;
- Alguns tipos estão ligados ao câncer de colo uterino e ânus.
- Pode causar verrugas genitais;
- HIV
- Infecção viral crônica;
- Necessita acompanhamento contínuo e tratamento antirretroviral.
- Infecção viral crônica;
Mitos comuns sobre ISTs
- “Se não sinto nada, não estou infectado” → muitas ISTs são silenciosas.
- “O preservativo previne 100%” → reduz risco, mas não elimina totalmente.
- “Sexo oral não transmite doenças” → pode transmitir gonorreia, herpes e sífilis.
Quando procurar um infectologista
- Após exposição sexual de risco;
- Presença de sintomas como secreção, feridas ou coceira;
- Testes positivos em exames de rotina;
- Para orientação sobre prevenção e vacinação (ex.: HPV, PREP, PEP).
Diagnóstico e tratamento
O infectologista realiza:
- Testes laboratoriais específicos;
- Avaliação clínica detalhada;
- Prescrição de antibióticos, antivirais ou acompanhamento contínuo;
- Orientação sobre parceiros e prevenção futura.
Importância do acompanhamento médico
Mesmo quando os sintomas desaparecem, algumas ISTs podem permanecer ativas. O acompanhamento com infectologista garante:
- Diagnóstico preciso e precoce
- Tratamento completo e eficaz;
- Redução do risco de transmissão;
- Prevenção de complicações graves.
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